Enfermeira da Secretaria de Saúde de Maricá diz que um litro de leite pode alimentar até dez crianças que estão na UTI
Com objetivo de estimular a doação de leite materno e promover debates sobre a importância do aleitamento materno, em 19 de maio é comemorado o Dia Mundial de Doação de Leite Humano. Na Prefeitura de Maricá, a enfermeira Karina Oliveira da Silva, de 38 anos, que desde os 19 anos atua na Saúde do município, é a responsável pela sala de coleta de leite materno, desde 2009. A sala está de “portas abertas”, das 8h às 17h, para consulta e orientação a mulheres com dúvidas e dificuldades na amamentação.
O espaço também foi criado para receber a coleta domiciliar de leite materno. Karina destaca a importância da doação e disse que qualquer quantidade ajuda. “Muitas mulheres não sabem que o pouco que doam faz diferença. Um litro de leite pode alimentar até dez crianças que estão na UTI, que são de baixo peso. Às vezes 1ml é o necessário para nutrir um recém-nascido a cada refeição. O pote não precisa estar cheio para ser levado ao Banco de Leite Humano”, reforça.
A Coordenadora da Saúde da Criança e do Adolescente de Maricá, Aline Peixoto, reitera a importância do aleitamento materno não só pelas propriedades encontradas no leite como pelo fator imunológico que a criança recebe da mãe. “A gente precisa incentivar e apoiar. Essa sala é de apoio às mães com dúvidas. Às vezes a criança tem dificuldade para aprender a mamar, pode ser um posicionamento ou uma pega errada, e faz com que a criança nunca esteja saciada e dificuldade em ganhar peso”. A médica alerta às mamães que nenhum leite é fraco, que supre todas as necessidades do bebê e que qualquer dificuldade pode procurar o Centro Materno Infantil.
Doação de leite humano
De acordo com o Ministério da Saúde, toda mulher que amamenta é uma possível doadora de leite humano. Para doar, basta ser saudável e não estar usando nenhum medicamento que interfira na amamentação.
Em Maricá, a mulher que quiser fazer a doação pode entrar em contato pelo whatsapp 26373395. Uma equipe vai até a residência, orienta e faz o cadastro. Uma vez por semana retornam para pegar o leite. Atualmente, são 23 mulheres cadastradas. O material doado vai para o banco de leite do Hospital Antônio Pedro, onde é distribuído às UTIs Neonatal da região metropolitana II.