FOTO: BIANCA FARAHON
80 procedimentos já estão sendo ofertados em clínicas credenciadas no próprio município através da Central de Regulação, ampliando o acesso a diagnósticos importantes
A Prefeitura de Maricá, por meio da Fundação Estatal de Saúde (Femar), avança na disponibilização de diagnósticos qualificados à população com a ampliação a partir desta quinta-feira (26/09) do número de exames oferecidos na cidade, o que inclui 80 procedimentos essenciais para o bem-estar dos moradores, entre vários tipos de radiografias, mamografias, ressonâncias, ultrassonografias, tomografias e densitometrias ósseas. Essa medida ocorre após a implementação de uma nova tabela de pagamento aos prestadores de serviços credenciados, elaborada pela Femar e instituída pelo município, com valores que corrigem as defasagens do índice utilizado no Sistema Único de Saúde (SUS) — que não possui reajustes há 11 anos.
Através dessa abordagem, a cidade terá mais prestadores de serviços conveniados e, assim, passará a disponibilizar mais exames de rastreio, laboratório, dentre outros serviços fundamentais. Com a ampliação, serão oferecidos mais de 4 mil exames em espaços credenciados por mês. Somente de mamografias, serão 1.082 disponibilizadas mensalmente nesses locais, um aumento de 200% quando comparado aos cerca de 360 exames desse tipo feitos mensalmente no Centro de Diagnóstico e Tratamento (CDT), que continuarão sendo ofertados.
O diretor-geral da Femar, Marcelo Rosa, garantiu que a adoção da nova tabela é um diferencial, aumentando a oferta de exames e reduzindo filas de espera.
“A tabela que criamos e começa a ser implementada impacta positivamente o cotidiano dos moradores, com acesso mais fácil e rápido a exames importantes, como as mamografias. Os procedimentos já começaram a ser oferecidos nos prestadores credenciados, agilizando o fluxo de diagnósticos e reduzindo filas de espera. Isso faz parte dos objetivos da Femar, que busca, continuamente, requalificar os serviços e atender as demandas da nova realidade da cidade”, destacou.
Cláudia Rogéria de Lima, diretora de Atenção à Saúde da Femar, explicou a necessidade de estabelecer uma tabela própria, o que trouxe novos prestadores de serviços ao município.
“A tabela SUS dificultava atrair prestadores de serviço, já que, segundo o Conselho Federal de Medicina, a defasagem pode ser de 12.000% a 17.000% dependendo do procedimento. Por isso, adotamos uma tabela de pagamento própria, tendo como referência a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), feita pela Associação Médica Brasileira e utilizada por profissionais. Após a aprovação dos órgãos de controle, o município implementou a nova tabela e já temos dois prestadores oferecendo exames, e outras ainda irão se credenciar gradativamente”, afirmou.
Menos espera e mais avanços
Com a conclusão de todo o processo de credenciamento, serão mais de 100 tipos de exames oferecidos pelos prestadores credenciados, quantitativo 646% maior que os anteriormente ofertados na cidade pela tabela SUS, que era de somente 15. Cláudia Rogéria de Lima ressalta essa questão e pontua a relevância para ofertar procedimentos que eram disponibilizados em cidades vizinhas.
“O processo de credenciamento ainda está aberto a novos prestadores e, com ele, conseguimos essa elevada ampliação, inclusive oferecendo exames que não eram feitos no município. Um exemplo disso é a elastografia, que identifica o grau de fibrose hepática, e já está sendo ofertado em Maricá pela nova tabela. Assim, não precisamos encaminhar as pessoas para exames em unidades de referência na região ou no estado, criando mais independência, agilidade e fluidez”, acrescentou Cláudia.
É importante lembrar que a porta de entrada para os atendimentos é a Unidade de Saúde da Família (USF) de referência, que atende a região onde mora. A partir do cadastro no local, será iniciado o acompanhamento e, após consultas médicas, a pessoa poderá ser encaminhada para atendimentos em unidades especializadas ou realizar exames. Com isso, o pedido é inserido no sistema da Central de Regulação, que é a responsável por fazer o agendamento seguindo os critérios de classificação de risco do SUS, que prioriza os casos mais graves e urgentes.